Passo cambaleante
Respiração ofegante
Entregando no semblante
O interior hesitante
Temendo não ser galante
No peito calor ardente
Se mostrando impaciente
Tanto esperar pelo par ausente
Essa agonia então permanente
Diluída num olhar somente.
O que pode acontecer?
O que vou fazer?
Simplesmente nos braços acolher
Quem comecei a querer
Sem ao menos conhecer.
Tão perto estar
Ouvindo seu coração acelerar
O tempo vai parar
Pra eu continuar a te abraçar
Quando a noite insistir em chegar.
Procurei tanto pela multidão
Lhe clamei em oração
Me perdi na escuridão
E agora como numa ficção,
Encontro essa paixão.
Simples de saber
Como tudo vai ser
Não consigo te dizer
Mas meus olhos vão responder
O que os lábios vão querer.
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