terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Morrer de Amor...


É fácil morrer de amor, chorar lágrimas frias por toda a parte. É fácil sentir o ódio apoderar o corpo quando um “não” é dado, quando o cheiro ainda presente nos lençóis serve apenas de recordação. Rápido e prático morrer de amor. Todas as noites sangrando um passado vivo, um tempo que transbordou qualquer expectativa errônea. As mesmas vozes que atormentam a cabeça, que arrasam o coração, que dilaceram o ego, ainda, humilham a alma… Simplesmente como um dia após o outro, uma noite estrelada, uma palavra pega. 
É fácil morrer de amor quando o outro vai embora, sai pela porta e não volta. Quando o melhor sorriso do mundo é substituído pelo pior vazio. O pior sentido, as piores sensações. Não há nada horrível como a falta daquele olhar, o medo de perder as únicas razões da existência. O filme de romance, a música, a tarde, o jeito, o abraço cansado… O vilão, a mocinha, o semblante que fascina…
É fácil quando a luz se esconde e a escuridão toma posse, quando não existem mais soluções breves e pássaros gorjeando na janela. Fácil morrer de amor, se atirar do décimo andar, torturar ao corpo, fingir um contentamento. Fácil afogar o sentimento na lama, no egoísmo, no prazer de ser só, ser nó na garganta. 
Fácil morrer de amor… Difícil é viver dele. 
Viver como um anjo flutuante sobre as nuvens… Com a paz em perfeito estado… Com a alegria fiel, verdadeira… 
Isso sim é difícil. Morrer por amor é fácil, viver dele, não.

Meu amor, tenho tanta saudade!
Estar contigo é minha vontade.
Ah! por que o amor dói desse jeito?
Se matasse, seria perfeito.
Eu não sofreria mais assim
E lembrar-te-ias sempre de mim.

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