A emoção é uma experiência afetiva que aparece de maneira brusca e que é
desencadeada por um objeto ou situação excitante, que provoca muitas reações
motoras e glandulares, além de alterar o estado afetivo. Nossa existência está
contextualizada no mundo e como tal, vivemos cercados de objetos, situações e
de outras pessoas com quem interagimos. Tudo o que nos cerca provoca um desejo
de afastamento ou de aproximação e estes desejos, mesmo que não sejam
realizados, constituem a experiência afetiva de cada um. Para muitos teóricos,
a diferença existente entre emoção e sentimento diz respeito apenas ao grau de
intensidade e, neste caso, um estado afetivo mais suave, relacionado com as
características do objeto em questão, constituiria um sentimento, enquanto que
a emoção seria um sentimento mais intenso. Não existe uma classificação precisa
para emoções e sentimentos, mas há certo consenso entre os profissionais da
psicologia que consideram alegria, tristeza, medo e raiva como emoções
fundamentais. A característica e intensidade da emoção dependem do objeto que a
desencadeia e, mesmo que as reações orgânicas que aparecem pareadas a uma
emoção forem induzidas por injeção de hormônios ou outras drogas, a emoção
sentida frente a um objeto ameaçador será distinta da induzida artificialmente.
Algumas reações motoras ou glandulares acompanham diferentes emoções, como é o
caso do choro que pode aparecer junto com emoções diferenciadas. As reações
orgânicas aparecem depois da compreensão que o indivíduo tem da natureza do
objeto desencadeador da emoção. Existem várias teorias relacionadas às emoções
e as dificuldades encontradas para estudar o assunto são muitas. As duas
teorias principais da emoção são a periférica e a excita tória. De acordo com a
teoria periférica, a emoção depende de um conhecimento prévio e a
repercussão orgânica é desencadeada por uma reação afetiva a este conhecimento.
Neste conceito, as reações nos órgãos viscerais ou musculares antecedem à
emoção, que é desencadeada quando o indivíduo toma conhecimento destas reações.
A teoria excita tória é mais recente e valoriza a ideia de que a percepção do
valor que o objeto tem, no momento em que ele se apresenta ao sujeito, é tão
importante quanto a percepção das excitações, que são produzidas pelos órgãos
periféricos no desencadeamento das emoções.
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