Afinal, de
onde surge o tesão? A visão de garotas seminuas trocando carícias, o odor de
fluidos corporais repletos de hormônios, sons de gemidos ou palavras sujas
sendo sussurrados, sabores afrodisíacos, toques em zonas erógenas – estímulos
sensoriais despertam desejo sexual, na medida em que provocam o imaginário
erótico. São as fantasias.
Todo mundo se imagina em alguma situação excitante no
momento de se dar prazer. Isso é a fantasia: um trabalho
mental que naturalmente incita a atividade sexual. Enquanto
a fantasia existe apenas no plano ideal – é uma projeção mental –, o fetiche
permite sua materialização no mundo real. Aquele detalhe específico que as faz
tão excitantes. Uma parte do corpo, uma situação, uma veste, um lugar.
Detesto reprimir minha imaginação ou frear minhas
vontades. Por isso, às vezes, um gesto tão banal quanto me deitar na praia, ao
lado de uma gata – o calor na superfície da minha pele, o toque dos raios de
sol aquecendo o biquíni – basta para despertar minhas volições e provocar meus
instintos. E levar meus desejos às últimas
consequências não é apenas uma forma de solucionar o tesão, mas um exercício de
autodescoberta – minha própria investigação da sexualidade.
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