O tal “medo de amar” seria o temor de
se entregar e perder o controle a situação. Fala-se muito que os homens têm
mais medo de amar do que as mulheres. E já ouvi muitas mulheres explicando que
o cara não ligou ou terminou o relacionamento por… medo de amar. Homens também
podem dizer isso de mulheres que pularam fora do caso.
Mas o tal “medo de amar” existe
mesmo?
Tenho minhas dúvidas. Acho que é uma
boa desculpa. E uma boa defesa. Quando a paixão vem, não existe medo de amar
nenhum. Se alguém foge, não é porque tem medo. É porque não tem amor. Simples
assim.
Mas, claro, é mais fácil achar que
uma mulher ou um homem não levou o relacionamento à frente por ter medo de
alguma coisa do que simplesmente porque não está a fim da gente. Acabou de ser
lançado aqui no Brasil o livro Por que ele não ligou de volta?, de uma especialista em
relacionamentos americana, que afirma ter entrevistado milhares de homens para
pegar suas explicações. Mas, antes de apresentá-las, ela lista os motivos que
as mulheres alegam para que eles não tenham telefonado. Destes, 21% acreditam
que algum “medo” impediu o retorno: “medo de intimidade”, “medo de se magoar de
novo”, “medo de compromisso”.
Amarrar.
Você acredita de verdade nisso?
Inverta o jogo: imagine que você,
solteira e disponível, foi a uma festa e conheceu um cara muito legal. Conversaram,
dançaram, ficaram. Ele diz que vai esperar você ligar pra ele. Agora imagine
essa situação: você gostou dele, achou que combina com seu jeito, pensou nele
quando dormiu e quando acordou mas… infelizmente você tem “medo de amar”. Ou
“medo de compromisso”. Ou “medo de intimidade”. Então você não liga. E nunca
mais o vê.
Isso é possível de acontecer? Não.
Também não é possível de acontecer do outro lado. Os caras que gostam ligam. Os
caras que se interessam comparecem. Os caras que se apaixonam perseguem você
como bichinhos de verão na luz. Se ele não procurou, é porque não gostou, não
se interessou, não se apaixonou.
O medo de amar não existe. A única
coisa que existe é o medo de não ser amada.
É o que eu acho. E você?
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